O Número de Ouro na Música
O número de ouro, também conhecido por proporção divina ou pela letra do alfabeto grego Phi, representa uma relação de proporção de cerca de 1,61 e surge numa imensa variedade de elementos presentes na natureza.
O número de ouro, também conhecido por Phi, proporção áurea, razão áurea ou razão de ouro, é um número irracional, considerado por muitos como enigmático e misterioso, uma vez que este número surge numa infinidade de elementos, na forma de razão.
Desde a antiguidade que está presente na arquitetura, na proporção das conchas, nas plantas, nos seres humanos, nos planetas, galáxias e até na música, pelo que é vista como uma “dádiva” de Deus, uma vez que, até aos dias de hoje, são vários os estudiosos que ainda não a conseguiram explicar.
Matematicamente, diz-se que duas grandezas estão na proporção áurea, se a sua razão é igual à razão da sua soma, pela maior das duas grandezas. Desde a Antiguidade, a proporção áurea é usada na arte, sendo frequente ver a sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto.
Este número aparece envolvido com a natureza do crescimento. Phi, como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado de forma aproximada no homem (no tamanho das falanges e ossos dos dedos, por exemplo) e nas colmeias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem de crescimento na natureza.
Justamente por ser encontrado em estudos de crescimento, o número de ouro ganhou um status de “ideal”, sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. O fato de ser apoiado pela matemática ainda o torna mais fascinante.
Sobre este tema, quando Pitágoras descobriu que as proporções no pentagrama eram a proporção áurea, tornou esse símbolo estrelado como a representação da Irmandade Pitagórica. Esse era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que “tudo é número”, ou seja, que a natureza segue padrões matemáticos.
Tal como em várias áreas, também este número está presente de forma clara na música, seja na construção dos instrumentos, através das proporções ali utilizadas, como também nos acordes e em várias obras musicais.
Sobre a sua presença e importância na construção dos acordes, sugerimos que vejas o vídeo que apresentamos ao lado, pois, de uma forma simples, aborda o tema e explica, em menos de três minutos, como o podes encontrar.
Será que os maiores êxitos de todos os tempos têm em comum a utilização, mesmo que de forma não premeditada, da proporção divina? E será que os Beatles serão disso o seu maior exemplo?
O PIANO E OS ACORDES
Tendo como base uma das oitavas do piano, podemos concluir que esta é constituída por treze teclas no seu total, oito delas brancas e cinco delas pretas. Se nos concentrarmos apenas nas teclas brancas, iremos recordar que aprendemos na escola o dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Por outro lado, uma escala é sempre composta por um total por oito notas, das quais a terceira, a quinta e a oitava notas, criam a base do acorde. Assim, tendo como exemplo o acorde de Dó maior (C), a terceira nota seria o Mi natural e a quinta nota seria o Sol natural, sendo a oitava nota o Dó natural.
Para além disto, a nota predominante numa escala é a quinta, pelo que neste caso seria a oitava tecla das treze teclas que constituem a escala.
Se repararmos, vemos que os números mencionados atrás (3, 5, 8 e 13) fazem todos parte da sequência de Fibonacci, sequência infinita de números que se constroem pela soma dos seus dois anteriores.